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CASA
DE FORÇA
-
MEZANINO

PIONEIROS

      E VISIONÁRIOS

CONSTELAÇÕES

Linhas imaginárias cruzam os céus da história e conectam pontos de luz desenhando as constelações dos pioneiros e visionários da eletricidade: homens e empreendimentos que, ao modo das estrelas, servem de guia numa instigante jornada no tempo e no espaço.

 

A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, moldou o mundo tal qual o conhecemos, e desde então vivemos sob o signo constante das descobertas científicas e das revoluções tecnológicas. Dos primeiros experimentos às mais variadas fontes de energia, a tecnologia da eletricidade tem uma longa trajetória.

PIONEIROS
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Tales de Mileto

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Experimento de Otto von Guericke

 

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Stephen Gray

 

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Stephen Gray

 

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Benjamin Franklin

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A pilha de Alessandro Volta

Na Grécia, cerca de 600 a.C., Tales de Mileto observou que quando esfregava uma pele de animal em uma barra de âmbar ocorria a atração de corpos leves, fenômeno que chamou de elektron (âmbar em grego). 

A descoberta, porém, só teve aplicação prática no início do século XVII, com o alemão Otto von Guericke, que, utilizando uma bola de enxofre que quando friccionada gerava faíscas, criou a primeira máquina a produzir eletricidade estática.

Experiências com a eletrostática continuaram a ocorrer até a década de 1730, quando o inglês Stephen Gray demonstrou que a eletricidade podia ser transmitida por fios de seda, metal e outros corpos que chamou de condutores, em oposição aos não condutores (isolantes). 

Em 1750, o norte-americano Benjamin Franklin faz a primeira referência aos termos positivo e negativo na eletricidade.

 

Revolucionária, a pilha inventada pelo italiano Alessandro Volta em 1800 permitiu gerar artificialmente e de forma inédita um fluxo constante de carga elétrica.

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O século XIX, com certeza um dos mais inventivos da história humana, foi marcado pelo advento da eletricidade como tecnologia fundamental na sociedade. A nova tecnologia acelerou os progressos técnicos e o processo global de industrialização. O mundo passou a operar, definitivamente, de outra forma.

OPERA

MUNDI

O trabalho do mundo

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Michael Faraday

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Dínamo Zenobe Gramme

 

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Zenobe Gramme

 

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Thomas Edison

 

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Galileu Ferraris

 

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Peça publicitária de Nikola Tesla

A expansão da eletricidade no século XIX é o resultado de diversas descobertas, em diferentes países, em torno do eletromagnetismo e do efeito termoelétrico. No entanto, foi graças à descoberta, em 1830, da indução eletromagnética pelo inglês Michael Faraday que as máquinas elétricas ganharam vida. 

A mais importante dessas máquinas foi o dínamo Zénobe Gramme, de 1869, o primeiro gerador a ser comercializado e que difundiu, juntamente com a lâmpada incandescente inventada em 1879 pelo norte-americano Thomas Edison, o uso da eletricidade de corrente contínua. 

O conceito de campo rotativo do italiano Galileu Ferraris deu origem às máquinas de corrente alternada, particularmente trifásicas, criadas pelo sérvio Nikola Tesla em 1887. 

No final do século XIX já estavam dadas todas as condições para a implantação de sistemas elétricos, incluindo linhas de alta tensão que podiam transportar a eletricidade por longas distâncias e os dispositivos para transformá-la em calor, força e iluminação.

TERRA

BRASILIS

O Brasil assimilou quase que de imediato as principais inovações tecnológicas do século XIX ligadas à eletricidade, colocando-se em posição de vanguarda na América do Sul e em relação a muitos países do mundo.

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O Império

e a luz

No Rio de Janeiro, coração do Império, ocorreram as primeiras experiências com a eletricidade no Brasil, iniciando com a instalação da  linha telegráfica da Quinta da Boa Vista em 1852. Após diversas iniciativas, foi instalada a primeira iluminação permanente em 1879, na Estação Central da ferrovia D. Pedro II.

Visionário, o monarca brasileiro concedeu a Thomas Edison, em 1879, o privilégio de introduzir no país aparelhos e processos de sua invenção, incluindo a lâmpada, criada naquele mesmo ano.

Em 1883, entrou em operação a primeira termoelétrica e o primeiro serviço de iluminação municipal do Brasil e da América do Sul em Campo dos Goitacazes na província do Rio de Janeiro.

O pioneirismo
de Minas na hidroeletricidade

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Arthur Thiré

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Usina Marmelos, Juiz de Fora

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Rede elétrica de Belo Horizonte

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Hidrelétrica de Freitas

Em 1883 foi construída a primeira hidrelétrica do Brasil em Diamantina, Minas Gerais, a partir de projeto do engenheiro francês e professor da Escola de Minas de Ouro Preto, Arthur Thiré. A energia era levada por uma linha de transmissão a dois quilômetros de distância, um feito considerável para os padrões mundiais.

Em 1889, entrou em operação a hidrelétrica Marmelos em Juiz de Fora, pertencente à Companhia Mineira de Eletricidade do industrial Bernardo Mascarenhas. Foi a primeira de maior porte a fornecer energia para iluminação pública e particular no Brasil e na América Latina.

Em 1897 foi construída a hidrelétrica de Freitas, no ribeirão Arrudas, para fornecimento de energia e iluminação para a nova capital do estado, Belo Horizonte.

AVE LUX

DA CATAGUASES-LEOPOLDINA
AO GRUPO ENERGISA

Em 1904, uma ideia luminosa ganha força e adesão nas cidades vizinhas de Cataguases e Leopoldina: investir na eletricidade para reerguer a economia local e impulsionar a industrialização e a mecanização agrícola. O futuro falou mais alto e a crença no progresso agitou os corações. 

Em 26 de fevereiro de 1905, inspirada no que havia de mais moderno no mundo à época, foi constituída a Companhia Força e Luz Cataguases-Leopoldina-CFLCL para explorar a força motora e a luz por meio da hidroeletricidade.

Mauricio Hydroelectric Plant: a milestone in hydroelectricity in Brazil.

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José Monteiro Ribeiro Junqueira

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José Duarte Ferreira

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Norberto Custódio Ferreira

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Gabriel Monteiro Ribeiro Junqueira e Ormeo Junqueira Botelho

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Vanor Ribeiro Junqueira e Gabriel Monteiro Ribeiro Junqueira

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Ivan Müller Botelho e Ormeo Junqueira Botelho em reunião de trabalho

Por trás de uma ideia revolucionária há sempre homens de coragem e ação, e a Cataguases-Leopoldina nasceu grande em todos os sentidos, inclusive no expressivo número de 477 acionistas. Isso só foi possível graças à reputação e liderança dos incorporadores e primeiros diretores, José Monteiro Ribeiro Junqueira, Norberto Custódio Ferreira e João Duarte Ferreira, e à gerência de Gabriel Monteiro Ribeiro Junqueira, engenheiro formado pela Escola de Minas de Ouro Preto, onde estudaram grandes nomes do empresariado brasileiro. 

Descendentes da família Ribeiro Junqueira, Vanor Ribeiro Junqueira e Ormeo Junqueira Botelho, engenheiros formados pela renomada Escola Politécnica do Rio de Janeiro, tiveram relevante papel na expansão da empresa. Arrojado e exímio administrador, dr. Ormeo exerceu a presidência da empresa por longo tempo, desde 1935, e teve um sucessor à altura, o filho Ivan Müller Botelho, formado em engenharia elétrica pela Universidade de Miami, EUA.

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1.

Ivan Müller Botelho em fotografia histórica

 

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Ivan Müller Botelho, no centro, com os filhosRicardo e Maurício na sessão solene emcomemoração dos 120 anos do Grupo Energisano Congresso Nacional, em 2025.

Em 2008, a Cataguases-Leopoldina, com suas várias empresas, transforma-se no Grupo Energisa e inicia-se novo capítulo nesta surpreendente história, com notável crescimento e diversificação dos negócios e milhões de pessoas atendidas em todas as regiões do país. 

Com vasta experiência nas atividades fundamentais de energia para os clientes, desde a geração renovável, transmissão, distribuição, comercialização e demais serviços, o Grupo sempre se destacou no cenário brasileiro. 

A busca por soluções energéticas sustentáveis tornou-se um diferencial desde 2010, com o investimento em energia eólica, biomassa e solar articuladas sob a marca (re)energisa. Os desafios contemporâneos continuam a embalar o sonho visionário no século XXI.

Natureza 3 tempos

    A 

Natureza em                 Três Tempos

PRIMEIRO TEMPO

início do século XX

NATUREZA, CIÊNCIA E TÉCNICA

No início do século XX, a natureza ainda era percebida como apenas uma base de recursos que permitiam atender às necessidades humanas. Havia já algum tempo, a relação dos homens com a natureza se tornara meramente utilitária; outras dimensões do mundo natural estavam como que adormecidas. 

Na virada do século XIX para o século XX, os membros da família Ribeiro Junqueira estavam conectados com os avanços científicos e tecnológicos da época. Colecionavam revistas de divulgação científica, especialmente a francesa La Nature, dedicada às aplicações das ciências e às técnicas. O primeiro número da coleção familiar, de 1895, trazia artigo sobre a energia elétrica e gravura retratando detalhadamente o interior de uma usina.

Conhecimentos científicos haviam permitido transformar a energia do movimento de um dos quatro elementos primordiais da natureza, a água, em energia elétrica, mas nesse momento eram poucas usinas hidrelétricas no mundo. A Usina Maurício foi uma das primeiras a instalar no Brasil um complexo de geração de energia elétrica, levando força e luz para cidades e indústrias da região. No local escolhido para implantá-la, aproveitou-se uma queda d’água no rio Novo para a construção de um barramento e de um sistema de canalização da água para as turbinas.

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O progresso traz um novo significado para as palavras: um causo do Coronel Maurício

SEGUNDO TEMPO

Meados do século XX

ÁGUA E SOLO, FORÇA E LUZ

A partir da segunda metade do século XX, as linhas de transmissão que levavam força e luz para muitas cidades no mundo todo se expandiam e, ao mesmo tempo, a consciência sobre a necessidade de conservar a natureza para continuar a gerar riqueza também se ampliava.

O então presidente da Cataguases-Leopoldina, dr. Ormeo Botelho, pronunciava-se sobre a importância da conservação daquilo que ele definia como o patrimônio maior de um país: o solo fértil, base sobre a qual se sustentam florestas, a biodiversidade e a produção de água.

Em 1966, muito antes do Brasil dispor de uma lei de recursos hídricos, dr. Ormeo propôs a gestão participativa das águas, com a criação da Comissão da Bacia do Rio Paraíba do Sul na Câmara dos Deputados.

“Solo erodido, lavradores arruinados”, por Ormeo Junqueira Botelho.

TERCEIRO TEMPO

Primeiras décadas do século XXI

TRANSFORMAÇÃO ENERGÉTICA

E RESTAURAÇÃO DO PATRIMÔNIO

Na primeira metade do século XXI, impõe-se a percepção sobre a emergência climática no planeta e a exaustão da natureza. Desperta a consciência de que a natureza não precisa de nós, mas nós precisamos dela, e o ser humano contemporâneo reconecta-se com temas como água, solo e preservação florestal.

O forte impacto do uso intensivo de energia sobre o clima e os ambientes tornou a transição energética imprescindível à sobrevivência da civilização humana. Neste momento em que é imperativo transformar os modos de gerar e distribuir energia, cuidar da saúde climática e ambiental do planeta e restaurar o patrimônio natural e cultural, as empresas de energia têm papel fundamental.

Plano de Manejo da RPPN Usina Maurício: caracterização da vegetação

Vista aérea da RPPN, com o rio Novo e o Museu-Parque Usina Maurício

A estratégia de sustentabilidade da Energisa desenhada em 2022 foi construída organicamente e estruturada em torno de três causas: ação pelo clima, transformação energética e mobilidade social. Com iniciativas orientadas por essas causas, a empresa contribui ativamente para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas.

A criação deste Museu-Parque Usina Maurício reafirma o vínculo entre história natural e história humana, natureza e patrimônio industrial.

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Espaço Viveiro, na Usina Maurício

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